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| Ariel Castro - Foto Bing Imagens |
O ex-motorista Ariel Castro que manteve três mulheres em
cativeiro no estado de Ohio, Estados Unidos, violentando-as por mais de dez
anos, foi condenado nessa quinta-feira (1), à prisão perpétua e a mais 1 mil
anos de prisão.
Como muitas coisas no Brasil foram criadas tendo-se como
base modelos americanos, não é difícil entender porque por aqui se condena
criminosos a 200, a 300 anos, penas que jamais serão cumpridas, pois, os
condenados não viverão o suficiente para cumpri-las.
Alguém pode me explicar qual o sentido de condenar uma
pessoa à prisão perpétua e a mais 1 mil anos?
Conforme o dicionário Houaiss, “perpétuo” significa: 1-“que dura sempre; eterno” – e “Houaiss” exemplifica: Só a justiça de Deus
é perpétua. 4-“que é vitalício”
Se perpétuo quer dizer “eterno”, “vitalício”, a prisão
perpétua já significa que o indivíduo vai ficar preso até o fim da vida; o que
segundo Houaiss, só Deus pode aplicar tal sentença.
Sendo assim, ao aplicar uma pena superior à expectativa de
vida do réu, a justiça do homem me parece querer ser mais rigorosa que a
justiça divina.
Aplicar além de uma prisão perpétua mais 1 mil anos, a um
indivíduo que de acordo com a expectativa de vida não viverá 100 anos, a meu
ver é injustificável.
Não estou aqui defendendo impunidade. Porém, entendo
que a justiça humana precisa ser realista. Ou teremos que descobrir uma forma
de manter “almas, espíritos” presos depois da desencarnação dos indivíduos que
cumprem penas desse tipo.

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