Acabou a pouco a entrevista coletiva de Ronaldo Fenômeno anunciando o fim de sua carreira no futebol profissional.
Acompanhado dos filhos, Ronaldo muito emocionado falou de sua trajetória, relembrou momentos marcantes, falou da luta para suportar as dores constantes que sente, de um problema no metabolismo de seu corpo que dificulta o controle de peso e falou também dos planos futuros.
Perguntado sobre dois momentos mais marcantes da sua trajetoria no futebol, Ronaldo que foi eleito tres vezes o melhor jogador de futebol do mundo, apontou a conquista da copa de 2002 e a participação como mais um louco dentro do bando de loucos de corinthianos, referencia às vezes em que esteve no estádio torcendo para o corinthians.
Em determinado momento Ronaldo pediu desculpas aos torcedores e a direção do corinthians pela desclassificação na libertadores se dizendo culpado por ter falhado no projeto libertadores.
Falando de forma pausada e com muita humildade respondeu aos jornalistas e quando lhe foi perguntado se o corinthians sabia desde o começo do problema que dificultava seu emagrecimento, foi enfático, "sempre soube", respondeu.
Aos 34 anos de idade Ronaldo se afasta oficialmente dos gramados e consequentimente, deixa muita saudade no coração de qualquer amante do futebol mundial.
Independente do tipo de contrato que tenha feito com o corinthians, em hipótese alguma foi o culpado pela eliminação da libertadores, o fato de fazer parte da equipe não o faz o único responsável pelas derrotas, assim como não o fêz responsável sozinho pelas conquistas que foram esquecidas pelos baderneiros que se dizem torcedores.
Problemas de saúde à parte, fica a questão: Será que o Ronaldo teria tomado essa decisão agora, se a torcida tivesse se comportado como torcida e não e não como vândalos após a eliminação na copa libertadores?
A verdade é que jogadores consagrados não teem porque ficar passando por humilhações e chingamentos de torcedores doentes.
Ronaldo já deixou saudade mas será sempre o eterno fenômeno.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Corinthians, Ronaldo, Roberto Carlos, torcedor; acabou o amor
Basta recordar a formação de alguns times que fizeram boas campanhas em torneios regional ou nacional, para perceber que essas equipes eram montadas basicamente com jogadores formados na agremiação.
O São Paulo, que está sempre lançando novos jogadores e geralmente faz boas campanhas nos campeonatos que disputa, o Santos dos últimos anos, e até mesmo o Corinthians recentimente, todos esses times quando se destacaram em alguma competição tinham em suas formações muitos jogadores lançados das equipes de base.
A compra de jogadores famosos implica em investimento geralmente muito alto para o clube, em uma responsabilidade que se transforma em um peso enorme nas costa do atleta contratado, e cria no torcedor uma esperança que nem sempre se confirma em campo. Além é claro, da ciumeira que invariavelmente acaba surgindo por parte de algum atleta que se sente injustiçado.
Naturalmente nem tudo é negativo na compra dos famosos. O marketing e o retorno financeiro que isso gera para a agremiação, o prazer do torcedor em ter um grande ídolo fazendo parte do seu time do coração e a esperança gerada no clube e na torcida, de ter uma equipe vencedora, tudo isso, por algum tempo é real, é verdadeiro e é alcançado com sucesso. Mas em longo prazo se os resultados não continuarem acontecendo, toda esperança do torcedor e dos dirigentes vai se reduzindo como num marcador de tempo, até se tornar negativa, e então, o grande amor que de inicio a torcida dedicou ao ídolo, aos pouco vai se tornando ódio.
Equipes formadas por ídolos consagrados dão muito certo na Europa, porque são montadas só com craques no auge da carreira e com salários muito próximos. A diferença em relação às equipes brasileiras é que se trata da repatriação de ídolos isolados, geralmente em fim de carreira, e com o peso de liderar a equipe.
Todo aquele amor com que os torcedores do Corinthians receberam Ronaldo e Roberto Carlos não acabou de repente; apenas não resistiu à frustração diante da ausência de resultados sonhados quando da chegada dos dois ídolos. Como o sonho maior do torcedor corinthiano é a conquista da copa libertadores, a eliminação da equipe ainda na repescagem foi a gota d’água, foi o último grão de areia que passou para a parte inferior do contador de tempo.
É o mesmo risco que corre hoje o Flamengo com a contratação do Ronaldinho Gaúcho. Diferente da contração do Rivaldo pelo São Paulo que não teve tanto marketing nem tanta repercussão na mídia, a contratação do Ronaldinho pelo Flamengo aconteceu depois de uma novela que durou quase um mês, e a decisão do jogador de escolher o Flamengo coloca sobre suas costas um peso muito maior do que seria se ele tivesse optado pelo Grêmio, time que o formou.
Para o torcedor o que importa são as vitórias e as conquistas; na ausência delas, só o verdadeiro torcedor entende, cobra, mas mantém o respeito pelo time e pelos atletas.
O que é totalmente reprovável é o comportamento de alguns torcedores diante de resultados disfavoráveis. A depedração e o desrespeito de qualquer cidadão contra o patrimônio, que seja privado ou público, não pode ser visto como uma reação normal.
Amar ou odiar é comum ao ser humano. Violência só é comum aos animais selvagens.
O São Paulo, que está sempre lançando novos jogadores e geralmente faz boas campanhas nos campeonatos que disputa, o Santos dos últimos anos, e até mesmo o Corinthians recentimente, todos esses times quando se destacaram em alguma competição tinham em suas formações muitos jogadores lançados das equipes de base.
A compra de jogadores famosos implica em investimento geralmente muito alto para o clube, em uma responsabilidade que se transforma em um peso enorme nas costa do atleta contratado, e cria no torcedor uma esperança que nem sempre se confirma em campo. Além é claro, da ciumeira que invariavelmente acaba surgindo por parte de algum atleta que se sente injustiçado.
Naturalmente nem tudo é negativo na compra dos famosos. O marketing e o retorno financeiro que isso gera para a agremiação, o prazer do torcedor em ter um grande ídolo fazendo parte do seu time do coração e a esperança gerada no clube e na torcida, de ter uma equipe vencedora, tudo isso, por algum tempo é real, é verdadeiro e é alcançado com sucesso. Mas em longo prazo se os resultados não continuarem acontecendo, toda esperança do torcedor e dos dirigentes vai se reduzindo como num marcador de tempo, até se tornar negativa, e então, o grande amor que de inicio a torcida dedicou ao ídolo, aos pouco vai se tornando ódio.
Equipes formadas por ídolos consagrados dão muito certo na Europa, porque são montadas só com craques no auge da carreira e com salários muito próximos. A diferença em relação às equipes brasileiras é que se trata da repatriação de ídolos isolados, geralmente em fim de carreira, e com o peso de liderar a equipe.
Todo aquele amor com que os torcedores do Corinthians receberam Ronaldo e Roberto Carlos não acabou de repente; apenas não resistiu à frustração diante da ausência de resultados sonhados quando da chegada dos dois ídolos. Como o sonho maior do torcedor corinthiano é a conquista da copa libertadores, a eliminação da equipe ainda na repescagem foi a gota d’água, foi o último grão de areia que passou para a parte inferior do contador de tempo.
É o mesmo risco que corre hoje o Flamengo com a contratação do Ronaldinho Gaúcho. Diferente da contração do Rivaldo pelo São Paulo que não teve tanto marketing nem tanta repercussão na mídia, a contratação do Ronaldinho pelo Flamengo aconteceu depois de uma novela que durou quase um mês, e a decisão do jogador de escolher o Flamengo coloca sobre suas costas um peso muito maior do que seria se ele tivesse optado pelo Grêmio, time que o formou.
Para o torcedor o que importa são as vitórias e as conquistas; na ausência delas, só o verdadeiro torcedor entende, cobra, mas mantém o respeito pelo time e pelos atletas.
O que é totalmente reprovável é o comportamento de alguns torcedores diante de resultados disfavoráveis. A depedração e o desrespeito de qualquer cidadão contra o patrimônio, que seja privado ou público, não pode ser visto como uma reação normal.
Amar ou odiar é comum ao ser humano. Violência só é comum aos animais selvagens.
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