Independente de qual cidade e de qual partido político a
administra, já que são muitos; andar nas ruas brasileiras é uma grande
aventura.
O pedestre precisa ter a atenção redobrada ao andar pelas
calçadas para não tropeçar em degraus ou cair em buracos; da mesma forma, os
motoristas nem precisam de limite de velocidade, pois, na maioria das ruas,
quando não tem buracos, os mesmos foram substituídos por verdadeiras lombadas
que obrigam o motorista a dirigir em baixa velocidade.
É verdade que de vez em quando se faz manutenção em alguns
trechos de algumas ruas e avenidas a ponto de proporcionar ao motorista o
prazer de atingir a velocidade máxima permitida; isso é, quando não se depara
com congestionamentos.
Para os pedestres o problema parece ser “insolucionável”; já
que, muitos bairros e cidades foram construídos em terrenos acidentados,
impossibilitando a nivelação das calçadas (passeios), por causa das entradas de
garagens nas casas.
Resta a pedestres como alternativa, caminhar nas ruas;
dividindo os espaços com os carros.
Nas estradas a situação não é diferente; falta pavimentação,
falta suporte, falta segurança e sobram riscos e criatividade dos motoristas
para conseguirem chegar ao destino.
O Estado fiscaliza e cobra os diversos impostos dos
contribuintes; mas não tem o mesmo empenho para fiscalizar e providenciar que
os direitos desses sejam atendidos.
O jornal da cultura (TV Cultura) dessa sexta-feira 01/11
apresentou matéria que aponta crescimento na blindagem de carros por causa da violência;
a matéria foi comentada na bancada do jornal pelo professor de economia Antonio
Carlos de Lacerda e pela professora de jornalismo Cilene Victor, (minha
professora de jornalismo especializado). Os comentaristas lembraram que a
educação está ruim, a população procura escolas particulares. A saúde está
ruim, procura-se os planos de saúde. A segurança está ruim, a população se
enjaula em casa, foge das ruas, blinda carros, enfim, busca suas próprias
soluções.
Faltou, na minha opinião, lembrar que essa mesma população
continua pagando os impostos que deveriam ser destinados pelo Estado, para
oferecer educação, saúde e segurança de qualidade.
Enquanto isso, a cada semana um novo escândalo de corrupção
vem a público; e, por mais que se investigue e se descubra e puna os corruptos,
o que foi tirado do contribuinte nunca voltará para ele, porque muitas vezes a
ausência das ações do Estado simplesmente lhe custou a própria vida.

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