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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Porque os outros escândalos não receberam o mesmo tratamento que foi dado ao mensalão? - nono entre os dez maiores

Nos últimos dias a mídia tem noticiado com destaque as primeiras prisões dos condenados no escândalo que ficou conhecido como mensalão.
Desde 2005 quando o então Deputado Federal Roberto Jéferson, após ser acusado de envolvimento em fraudes dos correios, resolveu “jogar a m... no ventilador” e delatou outros nobres companheiros que recebiam propinas para aprovar projetos, - prática que aliais é comum na maioria das câmaras, desde a de Vereadores até o Senado Federal, - esse escândalo ganhou um espaço enorme na mídia, passando a impressão à população menos informada, que esse teria sido o maior escândalo do Brasil.
Como sempre ouvi falar de escândalos no país, resolvi fazer uma pesquisa rápida sobre o tema e logo encontrei dados que no mínimo sujerem uma reflexão, pois, esses nos mostram que em se tratando de rombo aos cofres públicos o escândalo do mensalão na verdade foi um dos menores; ficando em nono lugar entre os dez maiores.
Então, porque se deu e se dar tanto destaque a esse escândalo do mensalão, e se cobra tanto a punição dos envolvidos, enquanto se esquece os envolvidos em outros escândalos que fraudaram os cofres públicos em valores infinitamente maiores?
O que se quer condenar? A prática de corrupção ou um determinado governo?
Porque os outros escândalos não receberam o mesmo tratamento que foi dado ao mensalão?
Os dados que apresento a seguir são públicos e estão no endereço eletrônico - http://mundoestranho.abril.com.br/materia/os-maiores-escandalos-de-corrupcao-do-brasil  -

Os maiores escândalos de corrupção do Brasil

10. Me dá um dinheiro aí
CASO: Máfia dos fiscais
ROMBO: R$ 18 milhões
QUANDO: 1998 e 2008
ONDE: Câmara dos vereadores e servidores públicos de São Paulo.
Comerciantes e ambulantes (mesmos aqueles com licença para trabalhar) eram colocados contra a parede: se não pagassem propinas, sofriam ameaças, como ter as mercadorias apreendidas e projetos de obras embargados. O primeiro escândalo estourou em 1998, no governo de Celso Pitta. Dez anos mais tarde, uma nova denúncia deu origem à Operação Rapa.
9. Olha essa mesada!
CASO: Mensalão
ROMBO: R$ 55 milhões
QUANDO: 2005
ONDE: Câmara Federal
Segundo delatou o ex-deputado federal Roberto Jefferson, acusado de envolvimento em fraudes dos Correios, políticos aliados ao PT recebiam R$ 30 mil mensais para votar de acordo com os interesses do governo Lula. Dos 40 envolvidos, apenas três deputados foram cassados. A conta final foi estimada em R$ 55 milhões, mas pode ter sido muito maior.
8. Siga aquela ambulância
CASO: Sanguessuga
ROMBO: R$ 140 milhões
QUANDO: 2006
ONDE: Prefeituras e Congresso Nacional
Investigações apontaram que os donos da empresa Planam pagavam propina a parlamentares em troca de emendas destinadas à compra de ambulâncias, superfaturadas em até 260%. Membros do governo atuavam nas prefeituras para que empresas ligadas à Planam ganhassem as licitações. Nenhum dos três senadores e 70 deputados federais envolvidos no caso perdeu o mandato.
7. Pobre Amazônia
CASO: Sudam
ROMBO: R$ 214 milhões
QUANDO: 1998 e 1999
ONDE: Senado Federal e União
Dirigentes da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia desviavam dinheiro por meio de falsos documentos fiscais e contratos de bens e serviços. Dos 143 réus, apenas um foi condenado e recorre da sentença. Jader Barbalho, acusado de ser um dos pivôs do esquema, renunciou ao mandato de senador, mas foi reeleito em 2011.
6. Navalha na carne
CASO: Operação Navalha
ROMBO: R$ 610 milhões
QUANDO: 2007
ONDE: Prefeituras, Câmara dos Deputados e Ministério de Minas e Energia
Atuando em nove estados e no Distrito Federal, empresários ligados à Construtora Gautama pagavam propina a servidores públicos para facilitar licitações de obras. Até projetos ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ao Programa Luz Para Todos foram fraudados. Todos os 46 presos pela Polícia Federal foram soltos.
5. Bilhete premiado
CASO: Anões do orçamento
ROMBO: R$ 800 milhões
QUANDO: De 1989 a 1992
ONDE: Congresso Nacional
Sete deputados (os tais “anões”) da Comissão de Orçamento do Congresso faziam emendas de lei remetendo dinheiro a entidades filantrópicas ligadas a parentes e cobravam propinas de empreiteiras para a inclusão de verbas em grandes obras. Ficou famoso o método de lavagem do dinheiro ilegal: as sucessivas apostas na loteria do deputado João Alves.
4. Cadê o fórum?
CASO: TRT de São Paulo
ROMBO: R$ 923 milhões
QUANDO: De 1992 a 1999
ONDE: Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo
O Grupo OK, do ex-senador Luiz Estevão, perdeu a licitação para a construção do Fórum Trabalhista de São Paulo. A vencedora, Incal Alumínio, deu os direitos para o empresário Fabio Monteiro de Barros. Mas uma investigação mostrou que Fabio repassava milhões para o Grupo OK, com aval de Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, ex-presidente do TRT-SP.
3. Precinho camarada
CASO: Banco Marka
ROMBO: R$ 1,8 bilhão
QUANDO: 1999
ONDE: Banco Central
Com acordos escusos, o Banco Marka, de Salvatore Cacciola, conseguiu comprar dólar do Banco Central por um valor mais barato que o ajustado. Uma CPI provou o prejuízo aos cofres públicos, além de acusar a cúpula do BC de tráfico de influência, entre outros crimes. Cacciola foi detido em 2000, fugiu para a Itália no mesmo ano e, preso em Mônaco em 2008, voltou ao Brasil deportado.
2. Chama o Van Helsing
CASO: Vampiros da Saúde
ROMBO: R$ 2,4 bilhões
QUANDO: De 1990 a 2004
ONDE: Ministério da Saúde
Empresários, funcionários e lobistas do Ministério da Saúde desviaram dinheiro público fraudando licitações para a compra de derivados do sangue usados no tratamento de hemofílicos. Propinas eram pagas para a Coordenadoria Geral de Recursos Logísiticos, que comandava as compras do Ministério, e os preços (bem acima dos valores de mercado) eram combinados antes. Todos os 17 presos já saíram da cadeia.
1. Manda pra fora
CASO: Banestado
ROMBO: R$ 42 bilhões
QUANDO: De 1996 a 2000
ONDE: Paraná
Durante quatro anos, cerca de US$ 24 bilhões foram remetidos ilegalmente do antigo Banestado (Banco do Estado do Paraná) para fora do país por meio de contas de residentes no exterior, as chamadas contas CC5. Uma investigação da Polícia Federal descobriu que as remessas fraudulentas eram feitas por meio de 91 contas correntes comuns, abertas em nome de “laranjas”. A fraude seria conhecida por gerentes e diretores do banco. Foram denunciados 684 funcionários - 97 foram condenados a penas de até quatro anos de prisão. O estado obteve o retorno de arrecadação tributária de cerca de R$ 20 bilhões.

*Valores estimados e atualizados pela inflação

Fontes: Andre Carraro, professor do departamento de economia da Unversidade Federal de Pelotas e especialista em corrupção, Museu da Corrupção, Controladoria-Geral da União, ONG Transparência Brasil, site Consultor Jurídico, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Brasileirão 2013, Cruzeiro competente e campeão brilhante

Com uma campanha que chega a ser humilhante para os demais times da competição, o Cruzeiro conquistou o seu terceiro título brasileiro de futebol faltando quatro rodadas para o final do brasileirão.

A “raposa” mineira nem precisava ganhar do Vitória no Barradão em Salvador na noite dessa quarta-feira 13/11, já que o Atlético paranaense, segundo colocado na tabela, perdeu do Criciúma em Santa Catarina e não poderia mais alcançar o time mineiro.

Mesmo sabendo que já era campeão o Cruzeiro não relaxou e fez 3 a 1 no time do Vitória. No final na partida em Salvador, aí sim, jogadores e comissão técnica completaram as comemorações que haviam ensaiado no domingo em Belo Horizonte e no intervalo da partida em salvador.

Independente de como vai se comportar o time nos próximos jogos que terá de fazer para cumprir tabela, a campanha do Cruzeiro nesse brasileirão/2013 já entrou para a história da competição. Foi simplesmente brilhante.

É claro que muita gente vai criticar a fórmula de disputa argumentando que o sistema eliminar a possibilidade de uma grande final, que seria mais emocionante. Porém, assa formula de pontos corridos garante que a campeã seja a equipe com melhor aproveitamento; o que na minha opinião premia quem foi mais objetivo, quem foi mais ofensivo, quem soube administrar melhor suas batalhas.

Espero que esse desnível de competência apresentado pelo Cruzeiro em relação às demais equipes do brasileirão/2013, não leve o clube dos 13 e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a querer mudar a formula de disputa para os próximos anos.

Gosto do sistema mata-mata, mas esse de pontos corridos é muito mais democrático e justo.

Parabéns ao Cruzeiro e a seus torcedores; aproveitem e estendam as comemorações pelas quatro rodadas que ainda faltam para terminar o campeonato; vocês merecem; parabéns.

sábado, 2 de novembro de 2013

Para onde vão os impostos que pagamos?


Independente de qual cidade e de qual partido político a administra, já que são muitos; andar nas ruas brasileiras é uma grande aventura.
O pedestre precisa ter a atenção redobrada ao andar pelas calçadas para não tropeçar em degraus ou cair em buracos; da mesma forma, os motoristas nem precisam de limite de velocidade, pois, na maioria das ruas, quando não tem buracos, os mesmos foram substituídos por verdadeiras lombadas que obrigam o motorista a dirigir em baixa velocidade.
É verdade que de vez em quando se faz manutenção em alguns trechos de algumas ruas e avenidas a ponto de proporcionar ao motorista o prazer de atingir a velocidade máxima permitida; isso é, quando não se depara com congestionamentos.
Para os pedestres o problema parece ser “insolucionável”; já que, muitos bairros e cidades foram construídos em terrenos acidentados, impossibilitando a nivelação das calçadas (passeios), por causa das entradas de garagens nas casas.
Resta a pedestres como alternativa, caminhar nas ruas; dividindo os espaços com os carros.
Nas estradas a situação não é diferente; falta pavimentação, falta suporte, falta segurança e sobram riscos e criatividade dos motoristas para conseguirem chegar ao destino.
O Estado fiscaliza e cobra os diversos impostos dos contribuintes; mas não tem o mesmo empenho para fiscalizar e providenciar que os direitos desses sejam atendidos.
O jornal da cultura (TV Cultura) dessa sexta-feira 01/11 apresentou matéria que aponta crescimento na blindagem de carros por causa da violência; a matéria foi comentada na bancada do jornal pelo professor de economia Antonio Carlos de Lacerda e pela professora de jornalismo Cilene Victor, (minha professora de jornalismo especializado). Os comentaristas lembraram que a educação está ruim, a população procura escolas particulares. A saúde está ruim, procura-se os planos de saúde. A segurança está ruim, a população se enjaula em casa, foge das ruas, blinda carros, enfim, busca suas próprias soluções.
Faltou, na minha opinião, lembrar que essa mesma população continua pagando os impostos que deveriam ser destinados pelo Estado, para oferecer educação, saúde e segurança de qualidade.
Enquanto isso, a cada semana um novo escândalo de corrupção vem a público; e, por mais que se investigue e se descubra e puna os corruptos, o que foi tirado do contribuinte nunca voltará para ele, porque muitas vezes a ausência das ações do Estado simplesmente lhe custou a própria vida.