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sábado, 29 de junho de 2013

Muito mais urgente que a reforma política é a reforma do código penal

Há duas semanas quando começou a Copa das Confederações no Brasil, começaram também as ondas de protestos.
Coincidência ou articulação de algum grupo interessado em prejudicar a imagem do Brasil e os eventos esportivos que vão acontecer por aqui?
Tentativa de golpe de estado?
Manobra da oposição com intuito de desestabilizar o governo?
Ação de oportunistas que querem aproveitar a presença da mídia internacional que está cobrindo os jogos da Copa para aparecer?
Acredite, todas essas hipóteses foram levantadas.
Percebe-se claramente que a população consciente ou não de suas reivindicações, aderiu aos movimentos e foi às ruas.
Muitos usados como massa de manobra, como crianças e até mesmo adultos, que se quer sabem exatamente sobre o que estão protestando.
É claro que há muitas reivindicações legítimas, referentes a situações que de fato afetam o dia-a-dia da maioria dos brasileiros.
Mas, também tem muitos temas inclusos no movimento que são de interesses de determinados grupos, como a rejeição da PEC 37, a reforma eleitoral e tantos outros surgidos nos cartazes dos diversos protestos ocorridos até hoje.
Mais investimento em saúde, educação, segurança, transporte; fim das corrupções; todas são reivindicações legítimas e que na minha opinião, já deveriam estar sendo cobradas dos governantes a muito tempo.
Em meio a todas essas, confesso que senti a falta de uma que considero urgentíssima; a reforma do código penal brasileiro.
Não basta julgar um infrator, é extremamente necessário que haja penalização justa e que seja aplicada integralmente.
Não dá pra continuar com a hipocrisia de condenar alguém a 100, a 200 anos, se o máximo que nosso código permite é 30 anos de reclusão.
Assim como não dá para continuar permitindo que condenados tenham o direito de sair para comemorar datas festivas com suas famílias, enquanto as famílias das vítimas deles terão que se contentar com as lembranças dos parentes perdidos e chorar suas faltas.
É preciso lembrar que prisão é privação do direto de liberdade; e se é imposta como penalidade deve ou deveria ser cumprida sem regalias.
Prisão que permite visitas a família, visitas íntimas, entre outras regalias, pode ser qualquer coisa, menos prisão.
Enquanto se reivindica e se discute a reforma política, que não vai resolver os problemas da Nação, os bandidos, cientes da impunidade, aproveitam as passeatas para destruir patrimônios alheios, saqueiam, assaltam e matam sem piedade; como fizeram nessa sexta-feira (28), atirando na cabeça de uma criança de 5 anos, que estava nos braços da mãe, simplesmente porque a criança assustada com a violência, chorava durante um assalto à casa da família, em São Paulo.
Muito mais urgente que a reforma política é a reforma do código penal.
Até pouco tempo, se matava quando a vítima resistia ao assalto; hoje, não basta entregar os pertences para poupar a vida, é preciso satisfazer o ladrão; torcer e rezar para que ele, o bandido, lhe poupe a vida.      

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