quarta-feira, 26 de abril de 2017
Corrupção - se todo mundo é contra porque que ela existe?
Em meio a tanta discussão sobre corrupção no Brasil, temos a impressão de que não é possível ser real a nossa realidade.
É inegável que a corrupção sempre existiu no País, a ponto de ser adotada como moeda de negocio por empreiteiras e certamente por empresas de outros seguimentos.
O incompreensível é como em um País aonde todos se dizem honestos e indignados com a corrupção, ela possa ter se tornado tão comum entre os representantes do povo e os detentores da economia.
Tudo isso fica fácil entender quando observamos o real comportamento do povo.
Os mesmos que se dizem indignados com a corrupção dos políticos, votam em troca de favores, por dinheiro, por promessas pessoais e até em troca por churrascadas e cervejadas.
São os mesmos que faltam ao trabalho e apresentam atestados falsos. Os mesmos que se utilizam de cola para passar em provas na escola e até na universidade.
São advogados que orientam seus clientes a mentirem. São médicos que marcam o ponto em hospitais públicos e vão atender em clinicas particulares. Que quando atendem sequer põem a mão no paciente.
Pessoas que se sentem no direto de pedir para cortar a fila no supermercado porque estão com menos volumes para passar no caixa. Que acham normal posicionar o carrinho de compras em uma fila e ficar em outra para se beneficiar da que chegar ao caixa primeiro.
Quando vimos reações como as que surgiram recentemente, diante da louvável atitude do jogador Rodrigo Caio do São Paulo Futebol Clube ao se acusar em um lance no qual o seu pé atingiu a perna do seu companheiro, o goleiro, e o arbitro marcou falta e apresentou o cartão amarelo ao atleta do adversário, o jogador Jô do Corinthians, que participou do lance e ficaria fora jogo de volta. Muitos, inclusive companheiros do Rodrigo o criticaram pela atitude porque o São Paulo perdia a partida e teria o jogo de volta. Jogo no qual alguns jogadores abusaram de simulação, insinuando agressão quando ela não existiu.
Diante dessas reações quando alguém faz o que deveria ser natural nos faz perceber o porquê de o País ter chegado ao nível que chegou.
Há uma máxima que diz que “macaco não olha pro próprio rabo”, assim é o comportamento de muitos brasileiros, o que condenam nos outros, fazem cotidianamente como se a eles não se aplicasse a mesma regra.
Ética e honestidade não é uma questão de educação, é uma questão de caráter.
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