Páginas

Powered By Blogger

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade retrata a falta de respeito da sociedade

Santiago Andrade - Foto: Internet
Historicamente, toda ação popular que tenha como intuito, chamar a atenção das autoridades, para situações de desumanidade contra um povo, acaba sacrificando alguém de alguma forma.
Desde o inicio dos protestos no Brasil em junho de 2013, muita gente já foi atingida. Há pessoas que foram atingidas por ação despreparada da polícia, porém, a maioria das pessoas atingidas foi por ação de bandidos que se autodenominam “Black Blok”, e que com o rosto coberto, se aproveitam da aglomeração dos manifestantes para fazer desordem, quebra-quebra, destruição de patrimônio alheio e saques.
Manifestante que protesta contra algo que lhe incomoda não esconde o rosto, pelo contrário, quem luta por melhoria faz questão de se mostrar e dizer “eu não estou contente e quero mudança”; quem vai para manifestações com rosto coberto, se escondendo atrás de uma máscara não tem boa intenção, é bandido.
As imagens mostradas na mídia, do ataque ao cinegrafista da tv Bandeirantes Santiago Andrade durante protesto no Rio de Janeiro ocorrido na semana passada, que o levou à morte nessa segunda-feira, mostram que o ataque foi intencional e direcionado.
Infelizmente foi preciso alguém da imprensa ser assassinado simplesmente por estar trabalhando, para que a própria imprensa se indignasse.
O mínimo que se pode esperar é que além dos envolvidos na morte do cinegrafista da Band todos os mascarados nas manifestações sejam tratados como os bandidos que são.
Volto a dizer, manifestante bem intencionado não esconde a “cara”; quem o faz é porque está mal intencionado, e por isso, ataca fotógrafos, cinegrafistas, repórteres, polícia e todos aqueles que de alguma forma queiram registrar ou coibir seus atos.
A própria Constituição brasileira dar direto à manifestação, mas, proíbe o anonimato; o que significa que qualquer cidadão tem direto a protestar, desde que se identifique.
Mesmo antes da perda de uma vida pela violência nos protestos, muitas outras perdas aconteceram. Quantas pessoas tiveram seus patrimônios destruídos, saqueados, levados muitas vezes à falência sem nenhum ressarcimento do poder público?
Quantas pessoas perderam o emprego justamente porque o empregador foi à falência após ter sua pequena empresa saqueada?
Não dar para continuar tratando bandido como manifestante; manifestante não tem medo de mostrar o rosto.
É preciso mudar. Há quem diga que está faltando amor. Amor é um sentimento muito nobre, o que está faltando é algo muito mais básico para se viver em sociedade; está faltando respeito ao próximo; e, quando uma sociedade não se respeita, o estado precisa agir.
A violência, a falta de respeito no Brasil hoje, está em todos os cantos; nas praças esportivas, nos espaços de diversões, nas ruas, nos órgãos públicos e até nas famílias.

Sem a ação do estado, coibindo a criminalidade e punindo os criminosos, e sem a ação da sociedade educando e ensinando a respeitar, vamos caminhar rumo às cavernas.