A onda dos rolêzinhos que são encontros de jovens
organizados através das redes sociais, e que tem atormentado os shoppings de
São Paulo, de certa forma lembra as manifestações ocorridas no Brasil em junho
de 2013.
Só pra lembrar, as manifestações de 2013 tiveram inicio com
um protesto contra o aumento na passagem do transporte público.
A justificativa dos jovens hoje para a organização dos
rolêzinhos é a falta de lazer, em especial, nas chamadas periferias.
Duas coisas me chamam atenção nesses dois atos de
manifestação promovidos por jovens. Primeiro que a juventude de hoje, assim
como a do passado, também está disposta a ir pras ruas e interferir na política
do País.
Segundo, e aqui preocupante, é que tanto nos protestos de
2013 quanto nos chamados rolêzinhos, as manifestações acabam em quebra-quebra,
destruição de patrimônio alheio e saques a lojas.
Esses desfechos mostram que ou a organização desses
movimentos parte de pessoas mal intencionadas que usam os jovens como massa de
manobra, formando uma espécie de nuvem de fumaça, para que eles possam saquear
o comercio, ou os eventos são aproveitados por bandidos para se infiltrar e
praticar os crimes.
Se manifestar, reivindicar, cobrar das autoridades as
melhorias de que sua região precisa é louvável, mas, é importante ter cuidado
para não ser usado por espertalhões e entrar em barcas furadas; Também é
preciso ter consciência de que a sua liberdade de se manifestar e de se
divertir, não pode interferir de forma negativa na liberdade de outras pessoas.
Às autoridades resta saber ouvir o grito dos jovens e
identificar e punir os aproveitadores, baderneiros e bandidos.