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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O mercado da política e seus estabelecimentos comerciais

Naturalmente ninguém sente saudade da ditadura. Quase trinta anos após o “fim” do regime no Brasil, muita gente ainda sofre com o desaparecimento de parentes e amigos ou até por lembranças próprias do regime militar.
É inegável também que a abertura política foi e continuará sendo importante e benéfica para o país; mas, confesso que muitas vezes imagino se não seria mais fácil para o eleitor se só existissem dois partidos, como naquela época; quando o eleitor só tinha que escolher seus representantes entre os candidatos que representavam a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e os representantes do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), atual PMDB.
Com a abertura política e a liberdade para se criar novos partidos, a política virou negócio e partido político estabelecimento comercial.
Parece que os nossos políticos ainda não se deram conta de que o eleitor de hoje, muito mais informado que o de trinta anos atrás, já percebeu que a corrupção no país tem uma ligação muito forte com os partidos políticos.
Pesquisas já mostraram essa desconfiança do eleitor para com os partidos e recentemente, isso foi demonstrado nas manifestações ocorridas pelo Brasil.
Indiferentes à aversão dos novos eleitores, (considerando a faixa etária dos manifestantes que se dizem a partidários), os políticos continuam criando novos partidos; seus próprios partidos, ou seja, seus próprios estabelecimentos comerciais.
Atualmente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem registrados oficialmente 30 (trinta) partidos.
Nos últimos dez anos foram criados: o Partido Republicano Brasileiro (PRB) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) ambos em 2005, o Partido da República (PR) em 2006, o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Pátria Livre (PPL) em 2011 e o Partido Ecológico Nacional (PEN) em 2012.
São tantas siglas nesse “mercado”, que na busca desesperada por novos nichos de “consumidores”, eleitores, os políticos já começam a deixar de lado os termos como: Democracia, Socialismo, República, Liberdade, Trabalhista... e passam a se utilizar de termos como: Verde, Sustentabilidade, Ecologia, Solidariedade e sabe-se lá até onde vai a criatividade desse pessoal que está sempre bem assessorado por marketeiros profissionais.
Como se os trinta partidos oficiais de hoje não fossem suficientes para enojar o eleitor, a Marina Silva, a quem admiro pela história de vida, luta para introduzir mais um; o Rede Sustentabilidade, que de acordo com as nomenclaturas atuais deverá se popularizar como PRS.
Seguindo a tendência do mercado, o ex-sindicalista Paulo Pereira da Silva, popularmente conhecido como Paulinho da Força por sua atuação na direção da Força Sindical, depois de anos na direção do PDT, também está correndo atrás de apoio para criar o seu próprio partido, o Solidadriedade ou PS, como deverá se chamar caso venha a ser criado.
Voltando às manifestações populares iniciadas em junho desse ano, motivadas inicialmente pelos reajustes das passagens do transporte público e a busca pelo passe livre, e, posteriormente aderidas por outros seguimentos, lembro que muitos dos manifestantes se diziam a partidários; o que acabou gerando algumas discussões na mídia, por se considerar que a ausência de partidos caracterizaria fascismo.
Naturalmente não sou especialista no assunto, porém, não vejo dessa forma.
De acordo com o regime político brasileiro atual, conforme o Capítulo IV, artigo 14, Parágrafo 3º, inciso V da Constituição Brasileira, entre as condições de elegibilidade, ou seja, para concorrer a um cargo político o candidato precisa estar filiado a um partido.
No entanto, essa mesma constituição que foi promulgada em 05/10/1988, hoje mais parece uma colcha de retalhos, mediante a quantidade de emendas que já recebeu.
De forma que baste uma dessas PEC’s (Pedido de Emenda Constitucional), que são tão comuns em Brasília, para desobrigar a filiação partidária; trocando essa filiação por um registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
E é importante lembrar que esse registro de candidatura no TSE já é obrigatório e é efetuado pelos partidos, quando lançam um candidato nos períodos eleitorais, o que torna o partido apenas uma espécie de intermediário entre o candidato e o órgão que normaliza sua candidatura.
A extinção dos partidos a meu ver não significa implantação de regime fascista; basta que se tire de uma lista de candidatos oficialmente registrados no TSE para concorrer a uma cadeira no legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores), os mais votados pelos eleitores, para assumir a titularidade, as cadeiras disponíveis; e na seqüência de votados, os respectivos suplentes.
Para o executivo (Presidente, Governador e Prefeito) pode-se utilizar o mesmo processo, porém, com obrigatoriedade de segundo turno entre os dois mais votados; apenas para que os eleitores decidam quem dos dois será o titular, ficando o outro como vice.
Portanto, a ausência de partido além de não tornar o regime de governo fascista, fortalece a Democracia, pois, coloca no poder os mais votados pelos eleitores, acaba com os fatores eleitoral e partidário, e mantém o regime Democrático Parlamentarista.
Diga-se de passagem, dentro da prometida Reforma Política, já se falou na possibilidade de candidatura independente, sem filiação partidária.
É evidente que para os proprietários de partidos esse assunte deve ser esquecido; porém, se a Reforma Política acontecer e abrir esse precedente, em pouco tempo a grande maioria dos políticos estará se desfiliando de seus partidos e partindo para candidaturas independentes a fim de conquistar os novos eleitores.
Ai, o mercado de partidos vai desvalorizar, será o fim dos partidos políticos.
Será?
Seria uma vitória da população?
O que seria feito com a grana do fundo partidário que é distribuída para os partidos?
E como ficaria o horário eleitoral obrigatório?
Sinceramente, você acha que eu estou delirando?
Comente, entre em contato, dê sua opinião.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Estados Unidos - Paizão do planeta

Há tempos os Estados Unidos se considera o paizão do planeta.
O país vive interferindo nos governos alheios e enquanto se faz campanhas contra violência e guerras os americanos não conseguem viver longe de um conflito armado.
Como o forte da industria americana é a industria bélica, o que parece é que os americanos precisam das guerras para continuar produzindo as armas.
Ninguém em sã consciência pode ser a favor de uma Ditadura nem da violência contra inocentes; mas, antes de se invadir uma nação legitima, é preciso ter certeza de que a intervenção será benéfica para seu povo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) deveria ser respeitada, o que não tem sido quando o governo americano se sente no direito de desobedecer e agir por conta própria, como ocorreu com a invasão do Iraque, com base numa acusação que não se confirmou.
Agora, a bola da vez para o governo americano é a Síria sob a acusação de uso de armas química, mesma acusação que foi feita ao Iraque. 

Com essa mania de se achar o responsável pelo planeta o governo americano se sente no direito de invadir a privacidade de outros governos, inclusive o governo brasileiro, como mostra a matéria do site bbc a seguir.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130902_dilma_espionagem_reacao_dg.shtml