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Neymar e Messi, duelo que não aconteceu - Foto Newscom |
Que o Barcelona é o melhor time do Planeta atualmente não é novidade pra ninguém; até por isso, deveria ser observado pelos adversários para pelo menos, tentar impor a ele Barcelona um pouco do seu próprio veneno. O time tem um toque de bola que envolve os adversários, fica a maior parte do tempo de jogo com a posse da bola, e mesmo consciente de sua superioridade, até quando está com grande vantagem no placar, não tem nenhuma cerimônia em encurtar os espaços com os adversários nem de cometer falta para matar uma jogada que possa oferecer perigo à sua defesa.
Futebol é posse de bola; se um time não tem essa posse da bola em uma determina partida, uma alternativa é encurtar o espaço para pressionar o adversário e provocar o erro.
Faltou tudo isso ao time do Santos, nessa final do mundial interclubes. O Santos respeitou demais o time do Barcelona; enquanto o Barcelona marcou as saídas de bola do Santos, o time santista deu espaço e não usou a opção da falta para impedir uma jogada ofensiva do time espanhol. Não estou dizendo que tem que ser violento; mas que a falta faz parte do jogo como alternativa para impedir uma jogada, e que foi usada pelo Barcelona mesmo com a vantagem no placar.
A superioridade do Barcelona é indiscutível, mas, não tenho dúvida que se o Santos enfrentá-lo na próxima semana o resultado não será tão elástico em favor do time espanhol.
Os 3 a 0 que o Barcelona fez no primeiro tempo, pode parecer ter dado ao time tranquilidade e relaxamento para o segundo, porém o Santos voltou melhor para a segunda etapa, diminuiu os espaços e arriscou um pouco mais. Apesar disso, sofreu o quarto gol.
As palavras do Neymar no final da partida, “tivemos uma aula de futebol”, só terão sentido se efetivamente tivermos aprendido a lição e começarmos a por em prática.
Ao Santos e ao torcedor santista resta comemorar muito o fato de ser o segundo melhor time do Planeta diante de um time “imbatível”.
Ao futebol brasileiro fica a lição que, diga-se de passagem, já deveria ter sido aprendida; quando se joga o futebol coletivo se consegue manter a estabilidade mesmo trocando-se algumas peças, e o Brasil tem peças suficientes para ter times competitivos sempre. Falta trabalhar, treinar, por em prática a coletividade que é a ecência do futebol.